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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

OS SEM FACÇÃO: QUEM NUNCA?




Há uns anos atrás conheci uma garota que tinha uma dificuldade imensa de “pertencer” ou se encaixar em um grupo social. Ela era bastante tímida e conversava pouco. Não era de muitos sorrisos e nem de muitas brincadeiras. Tinha dificuldade de se abrir e contar sobre si, assim como dificuldade de puxar assunto. No meio em que vivíamos, as pessoas rotularam ela de “antissocial”. Um dia essa garota me procurou e estava chorando e até meio desesperada: “- Gabriel, eu não consigo me entrosar com ninguém. Sou diferente demais.” Confesso que fiquei meio sem reação porque não sabia mais o que fazer por ela. Já havia conversado com amigos para me darem apoio e chegar junto dela, puxar papo e dar confiança, mas nada havia fluído. Eu então perguntei a ela do que gostava, qual era o estilo de pensamento, música e do que se compunha o mundo de dentro da mente dela. Ela disse, e realmente era difícil achar alguém com este mesmo perfil!  Lembro que muito tempo depois vi ela se relacionando com um grupo de pessoas que escutavam o mesmo estilo musical que ela. Enfim ela havia se encontrado!

Toda essa história me faz lembrar o filme DIVERGENTE, em que várias pessoas são formadas em cinco facções em uma forma de experimento visando uma sociedade perfeita. As facções eram:
Abnegação (Altruísmo): Pessoas que davam a vida pela outra, que visavam o bem do outro acima de tudo.
Amizade (Generosidade): Pessoas dedicadas à paz, bondade, confiança e à neutralidade.
Audácia (Coragem): Pessoas ligadas à bravura, coragem e destemor.
Franqueza (Sinceridade): Pessoas que visam à honestidade, a verdade e a justiça.
Erudição (Inteligência): Pessoas inteligentes, que buscam conhecimento.
Existiam os divergentes que possuíam no mínimo duas ou mais habilidades (com isso, se encaixavam em mais de uma facção). E ainda existiam as pessoas que não se encaixavam em nenhuma destas facções. Estes se sentiam rejeitados e isolados, eram perseguidos pela maioria e ajudados por uma das facções. Mas é interessante ver que os sem facções quando unidos formavam um time. Eles acabavam se encontrando entre eles mesmos.



Símbolo dos Sem Facção - filme: Divergente.




E no final das contas isso me leva a pensar em algo que faz com que todas as facções da vida sejam refeitas, de modo que um time único seja formado com diferentes pessoas, de diferentes lugares, culturas, costumes, dons, habilidades, jeitos, manias, defeitos e estilo: NAS MÃOS DE JESUS. Olha o que o próprio Jesus disse:
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”. João 6:37
Ouvir do próprio Jesus que qualquer um que Deus desse a ele fosse totalmente acolhido, independente se é ou não um sem facção é bom demais! Existe um time para você.
E quando estamos nas mãos de Jesus, estamos todos numa mesma missão, num mesmo objetivo comum: "Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”. João 13:34
Este time tem a batalha de acordar todos os dias, lutar contra si mesmo e sua vontade de não amar, acolher e abraçar todos os sem facções que existem por aí. Difícil demais, mas prazeroso quando surte efeito!
Deus é um amigo que não nos rejeita. Por mais que nós (EU) ainda falhemos em acolher os que têm dificuldade de entrosar, não deixe se abalar pelo defeito dos outros filhos de Jesus que também estão abraçados. Somos todos humanos e falhos. Nem sempre os outros “sem facções” abraçados por Jesus vão ser exatamente um time com você, mas nossa luta é essa. Faça parte deste time. Se você vier, de maneira nenhuma Ele o lançará fora.

Deus te abençoe!



Gabriel A. Almeida.

COISAS QUE JÁ OUVI DE CRENTES...




“Como que ele está orando se ele nem estava de olhos fechados?” E desde quando precisa fechar os olhos para orar? Não oramos com os olhos, mas com o coração.


“Ele disse que estava louvando a Deus enquanto cantava “Tente outra vez” de Raul Seixas. Isso é brincadeira ou provocação?”. Tente outra vez: Beba, pois a água viva ainda está na fonte; tenha fé em Deus; se é de batalhas que se vive a vida. (RAUL SEIXAS) / “Filho meu está fugindo de mim, é? Já tentei, procurei e outra vez você me rejeitou, porta na cara doeu.” (THALLES ROBERTO) Prefiro não comentar e deixar vocês pensando sobre as letras.


“Ela deixou de ser de Deus. Substituiu o coque e a saia por rabo de cavalo e calça jeans”. 1Timóteo 2,9-10, que diz: Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes, se enfeitem com pudor e modéstia; nem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; mas que se ornem, ao contrário, com boas obras, como convém a mulheres que se professam piedosas.”  O que vale são suas obras e não o costume de usar o mesmo tipo de roupa.


“Ele não pode ter os mesmos direitos aqui na igreja porque ele não é dizimista. Por que eu dou o dizimo e ele não, e nós sentamos nos mesmos bancos, e bebemos da mesma água, e usamos o mesmo banheiro? Tá errado!” Ok, companheiro! Nossos pensamentos precisam ser pelo menos bíblicos, mas... 

“Existe a música gospel e a música do mundo. A música do mundo é desprezível, e a gospel toca o dia inteiro lá em casa.” Música é uma só. Estilos que são diferentes. Não estou desmerecendo o estilo cristão e nem exaltando outros estilos, mas vale lembrar que a sua intenção e as letras merecem maior crédito.


“Ele vai perder a salvação se cometer algum pecado antes de morrer.” Efésios 4:30 - O crente está selado no Espirito Santo (Ef.1:13; IITm.2:19), e este selo é inviolável e irrevogável (Es.8:8; Dn.6:12) /Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Efésios 2:8,9. Se não posso ser salvo por meus méritos, também não poderia perder a salvação por meus méritos. A vida eterna não deixa de ser eterna. Caso contrário Jesus seria mentiroso.


“Ele não bate palma no louvor. Como pode estar adorando? Como pode estar adorando sentado daquele jeito enquanto todos estão de pé?”
“O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.
Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.
"Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador”. (
Lucas 18:11-13)
Dá para entender a ANALOGIA, né? Menos aparências e mais coração!


“No altar só pode subir os que não pecam?” OI???? Hein??? SÉRIO QUE EU ESCUTEI ISSO! Vamos lá: Todos pecam. Quem diz que não peca já pecou e é mentiroso. Nossa vida é vivida no altar 24 horas. Subir no altar (na parte de cima, ou lá na frente) da igreja e querer fazer papel de “sacerdote do antigo testamento” é meio estranho! VIDA DE CRISTÃO É VIDA ENTREGUE NO ALTAR DE DEUS 24 HORAS POR DIA. Você está ministrando sobre vidas o tempo todo. Santidade é o tempo todo.


Deus te abençoe!


Gabriel A. Almeida.


BANCO SEM DINHEIRO, PADARIA SEM PÃO E CRISTÃO QUE NÃO ILUMINA



“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus". (Mateus 5:16)

E fui eu para a igreja. Sentei lá na frente e fiquei observando o comportamento dos que cantavam, dos que falavam e criei um monte de julgamento na mente. Estava bem crítico neste dia quase que a ponto de levantar no meio do culto e sair. Não saí! Aconteceu a ceia e veio o momento de reflexão e exame introspectivo e personalíssimo. Percebi um tanto de pecado que não havia arrependido e tal. Pedi perdão, esperei a reunião de culto acabar e fui embora.
Na saída precisei passar no banco. Estava cheio de contas para pagar e sem nem um real no bolso. A surpresa foi chegar nos caixas e não encontrar nem um centavo disponível neles. Nenhuma máquina tinha dinheiro. De que serve o banco se não tem dinheiro?
Saí meio indignado por ir ao local de dinheiro e não achar nada, e fui na padaria. Chegando na padaria entrei na ala dos pães e… Não tinha um bendito dum pão! Saí de lá pensando: “Caramba! Não tem pão na padaria. Para que serve a padaria que não tem pão?”
Desci para casa pensando nessas duas idas frustradas ao banco e padaria. Nesse momento me veio à mente um pecado que eu estava cometendo: Deixando de agir como um filho de Deus agiria. Aí me lembrei lá dos julgamentos que fiz na mente, dentro do culto (mais alguns vacilos do dia-a-dia). Afinal, de que serve a luz que não acende? Eu estava lá reclamando da padaria e do banco, mas eu em minha vida de cristão estava fazendo a mesma coisa: Não agindo conforme minha “utilidade”. Tomei uma mega cajadada graças a padaria e ao banco!
Mas se eu expandir isso a todos os leitores, qual a leitura de sua vida? Você tem sido tipo a padaria sem pão, ou o banco sem dinheiro? Pode ser que tenha estado igual a mim: Tem a luz de Cristo por dentro, mas quis deixar o apagador no lado desligado.
Gosto de viajar nesta música da banda Fruto Sagrado, que sempre me faz acordar:
Não há mais segredos pra esconder
Por que complicar a verdade?
Que adianta apontar o caminho
E seguir outra direção?
Quando o mundo tenta nos enxergar,
Será que vê o que realmente somos?

Pra falar do amor
Tenho que aprender a repartir o pão
Chorar com os que choram
Me alegrar com os que cantam
Senão ninguém vai me ouvir...

Se a verdade é tão simples, onde erramos?
Ou o que deixamos de fazer?
Se não há mais segredos,
Por que complicamos?
Poucos entendem a verdade!
Pra fazer diferença não basta ser diferente
De que modo eu mudo a história?
Com discurso ou com ação?
O que na verdade somos?
O que você vê quando me vê?
Se o mundo ainda é mau
O culpado está diante do espelho

O que na verdade somos?
O que você vê quando me vê?
Pra que serve a luz que não acende?
Não ilumina a escuridão.
(O QUE NA VERDADE SOMOS – FRUTO SAGRADO)

O certo é que Deus está pronto para nos perdoar a qualquer tempo que a gente se arrepender e correr para Ele. E quando isso acontecer, nossa vida será como uma padaria cheia de pão, um banco de cofre cheio e uma luz que encobre a escuridão. Seremos e faremos o que fomos criados para ser e fazer.
Que Deus te abençoe por esta reflexão.
Gabriel A. Almeida.

A GELADEIRA VAZIA E A VARIANT MARROM


A GELADEIRA VAZIA E A VARIANT

“Se alguém se considera alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine os próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém, pois cada um deverá levar a própria carga”.
Gálatas 6:3-5

Eu era apenas um garotinho cursando o colegial, não tinha mais que 13 anos, quando o trabalho em grupo da escola foi marcado em minha casa. Mas antes vale ressaltar algumas coisas:

Eu estudava em colégio particular (eu era bolsista) e a maioria dos meus amigos tinham aparentemente uma boa situação financeira. Bom, pelo menos aparentavam uns para os outros! Os pais levavam os filhos na escola com o carro do ano (enquanto meu pai me levava na Variant Marrom sem o forro no chão), os melhores materiais escolares (eu com meus cadernos brochurões), os tênis da última geração, as viagens de férias ao exterior e toda uma divulgação de seus orgulhos inflados. Pois bem, voltando ao assunto do começo… marcamos um trabalho em grupo em minha casa e lembro que minha mãe assou mini-pizza, fez suco, comprou refrigerante e lembro de alguns biscoitos recheados. Lembro também de um destes meus amigos que aparentavam riqueza a todos, voando em cima da mesa. Devorando o que via na frente! Parecia que estava passando fome!

Algum tempo depois uma pessoa disse que foi na casa de um destes colegas, e viu quando o garoto abriu a geladeira e que só havia duas garrafas de 2L de água e um pote de catchup. Mas a garagem estava recheada de carros, a casa ocupava quase metade do quarteirão do bairro mais bacana da cidade!

Vou lembrar também de algo que comentei noutro texto, e que presenciei: O garotinho que disse para a garotinha: “Meu pai é melhor que o seu, porque ele não foi mandado embora e o seu foi transferido”. Eu pensei comigo: “Seu abrir a geladeira daquela casa, quantas garrafas de água e quantos potes de catchup irão ter?”

Pra quê comprar o que não precisa, com um dinheiro que não se tem, para chamar atenção de pessoas que nem conhece? Qual a razão disso?

Infelizmente o que mais vejo no meio em que vivo é isso! É a geração que gosta de exaltação, que gosta de ser vista como A ELITE. E pra quê?

A Bíblia nos ensina que não há um que faça o bem, não há quem detenha o conhecimento e que nossas obras de justiça sao como trapos de imundície. Como posso me considerar alguma coisa depois de ler isto? Mas quando eu quiser me considerar, eu devo olhar para Cristo, porque nEle é que somos algo. E a glória disso será dada a Ele.

Enfim… o que falta mesmo é a geração da geladeira vazia e da garagem cheia, olhar para o Cristo que nos ensina a humildade e deixar as escamas caírem. E quando elas caírem verão que essa bobeira toda da vaidade foi uma grande perda de tempo!

Se quiser se orgulhar de algo, se orgulhe do que Cristo nos fez. Se quiser mostrar o que você tem, mostre a obra de Cristo em você.

Pode não ser o seu caso, mas vale a reflexão.

Deus te abençoe!

Gabriel A. Almeida.

UMA IGREJA FRIA, UM CULTO GELADO E O CALOR DE HABACUQUE


Habacuque: 3. 17-18 "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação."


Um dia fui numa igreja propagar um trabalho que realizamos com jovens, e enquanto eu esperava minha hora de falar, percebia uma igreja extremamente fria e que parecia que estavam ali só para cumprir um ritual semanal. Aquilo me deixou mal e me afetou de maneira que naquele culto eu também fiquei gelado.

Nunca pensei que aquele frio chegaria na igreja que eu frequentava. Mas chegou!
Lembro do ministro de louvor cheio de fervor e amor, mas os adolescentes brincavam no celular, os adultos dormiam, e o ambiente era estranho.

Indo pregar noutras igrejas percebi essa mesma frieza e cheguei numa conclusão: A frieza não era da igreja como um todo. Ela vinha da forma de vida com Deus de cada um ali. Quem estava "em dia" com Deus dava um culto caloroso para Deus, mas a maioria estava um cubo de gelo. A igreja parecia um iglu.

Lembrei das palavras do profeta HABACUQUE: "Ainda que figueira não floresça, ainda que a videira não dê o seu fruto e mesmo que não o haja alimentos nos campos, eu me alegrarei em ti".

Desenhando na minha mente, via Habacuque chegando na igreja e cultuando com todo o calor, porque ele não se influenciava pela frieza dos outros, mas adorava Deus porque se lembrava que ele havia sido transportado do reino das trevas para o reino da luz; Ele havia sido tirado da morte e condenação eterna e levado para a vida e redenção eterna; Ele se alegrava porque seus pecados foram perdoados e porque Deus era tudo para Ele. Na verdade nem precisava de motivos...mas ELE ADORAVA PORQUE SABIA QUE DEUS É DEUS. Creio que o que Deus fez em Habacuque, Ele fez também em mim e em você.

Nossas igrejas andam frias? A resposta está em cada um. Refletimos na igreja (domingo) o que somos nos outros dias. Somos frios em casa, seremos frios na igreja. 

Como melhorar? Lembrar o que Deus fez por nós e de quem Ele é. Não existe motivação maior do que esta. Se isso não nos motivar, então nada mais poderá.

Ps: Quando voltei naquela igreja fria que visitei (citada no começo do texto) vi como Deus modificou o ambiente. Pareceu que eles se lembraram de quem Deus era e das obras realizadas.

Que nossa frieza não passe apenas de uma fase. Vamos buscar a Deus!

Deus te abençoe e que você seja um dos usados para trazer o calor de Deus sobre os irmãos.

Gabriel A. Almeida.

TIPO ÁGUA FILTRADA


A água deve ser filtrada para ser consumida. Não dá para confiar e beber a água que não foi purificada. Porém existem lugares em que o filtro ainda não chegou e a água é consumida com as impurezas que vem nela. Assim eu me sinto sobre o evangelho: Há quem brigue para afirmar que se perde a salvação, assim como o contrário. Há quem brigue e defenda que o pregador é de Deus só porque coloca emoção no falar. Há quem brigue e defenda que o pregador é de Deus porque fala mansinho. Há quem brigue e defenda que batismo no Espírito só acontece quando se fala em línguas estranhas, ou não. Já aprendi tanta coisa que depois vi na Bíblia que eram errados!

São tantos ensinamentos com via de mão dupla, tantos ensinos diferentes sobre a mesma coisa, tanta poeira misturada na água, que chega uma hora que você precisa aquietar para não enlouquecer, e dizer a Deus: “Pai, não quero água misturada! Preciso de água pura e filtrada”.

Afinal, o que realmente é de Deus que aprendemos? Imagina só: Aquela brincadeira TELEFONE SEM FIO. Quase nunca a mensagem dita no começo é a mensagem que chega ao fim. Ela sofre modificações no meio do caminho, mas os últimos aprendem da forma modificada como se fosse normal. Bom, se alguém ouve as coisas sobre Deus e não tira a prova real na Bíblia, será semelhante ao que bebe a água não filtrada, ou como o último receptor da mensagem do telefone sem fio, e o pior é que a pessoa levará isso COMO SE FOSSE NORMAL.

Alguns irão dizer: “Cada um ensina duma forma, mas importante é ensinar.” E se Deus não quiser assim? E se estamos fazendo do jeito errado? Afinal, de tudo o que aprendemos sobre Deus e seu reino, o que de fato era necessário saber, o que era verdade, o que realmente Deus quis que soubéssemos? O que realmente sabemos é certo, é errado, ou é o agregado certo-errado? Dá para discernir? E, se, por acaso, estamos ensinando as pessoas a tomar água não filtrada? E, se, por acaso, estamos transmitindo uma mensagem que não é a de Deus? Ou, quem sabe até é mensagem de Deus, porém agregada com valores humanos! Já parou para pensar como a mensagem original já sofreu distorções ao longo do caminho até chegar a você?

É fato que cada um vai defender o que aprendeu na sua igreja, e dificilmente deixará paradigmas serem quebrados! Afinal, somos orgulhosos demais para admitirmos que estamos errados. Portanto, tem sido mais fácil acreditar nos “profetas” de hoje em dia, do que estudar de fato a Palavra. Quantas vezes fez-se necessário abandonarmos a versão portuguesa da Bíblia que usamos e trocar pela hebraica, aramaica e grega, originárias da Palavra? E, se o que nos ensinaram está certo, porém agregado com gotículas do errado? Quantas vezes acolhemos textos fora de contextos sem ao menos saber isso? Quantas informações temos, que se expostas à verdade nos mostrariam quanta coisa errada veio junta! (Com certeza cada um aqui possui valores bíblicos certos agregados ao errado dentro de si).

Deus não quer que a gente mude a voz para falar no microfone, ou que afirmemos que o ensino do outro está errado só porque foi diferente do que aprendemos. Mas sei que Deus olha e avalia nossas intenções. Ele sabe que se aprendemos errado não foi por mal. Não foi intencional aprender beber água não filtrada e dar essa mesma de beber ao nosso próximo. Não foi mesmo! Mas que em tudo, a gente averigue em Deus o que é certo, até porque o mesmo Deus que se apresentou numa carruagem de fogo é o mesmo que se apresentou numa brisa suave!

Precisamos aprender a questionar, verificar, estudar, e pedir Deus que nos mostre os ensinos errados para não filtrarmos, e os bons, para que alcancemos a fonte dessa água, que é viva, pura e está a disposição de quem quer dela beber. Bebendo dela aprenderemos a verdade como Deus quer.


“Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” 
Atos dos Apóstolos 17:11

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

COMPARAÇÕES


“Olha lá! Não tem jeito. Ele não vai largar as drogas porque é igualzinho ao pai dele”.
“Mas meu ex-namorado tinha mais iniciativa que você”.
“Estudaram na mesma escola e veja só: Um virou médico e outro se tornou mecânico”.
“Pelo menos o nosso carro é mais popular que o seu!”.

Você já foi comparado com alguém e se sentiu mal, inferior, fracassado com isso?

Nós vivemos numa sociedade que tem o grande costume de fazer comparações entre as pessoas, suas posses, seus futuros, suas carreiras, seus portes físicos, enfim... Sobre um monte de coisas!

Estes exemplos acima citados são fatos reais, eu vi e notei como essas comparações derrubaram as pessoas. Mas, quem liga né?

Tais comparações surgem com a finalidade de “apresentar” uma pessoa mais bem-sucedida que você e mostrar o quanto ela é “melhor”. Acho interessante isso porque a sociedade simplesmente impõe o que é ser bem-sucedido, o que é ter sucesso e as pessoas acatam. Afinal, o que é ser bem sucedido? É ter ou ser? É ganhar tantos milhares de reais por mês e ser um grande babaca, ou ganhar um salário mínimo e ter caráter? É ser médico, ou ser gari? É ter carteira, ou não saber dirigir? Quem afinal gosta de ser comparado com o que a sociedade chama de “o bem-sucedido”?

Li um artigo dizendo que essas comparações podem levar pessoas à depressão. Isso é muito sério! As comparações provocam uma série de reações, que variam desde o contentamento até a depressão, da admiração e do desejo de se igualar a outros ou superá-los até a inquietação ou a rivalidade”. Algumas dessas emoções são prejudiciais e incompatíveis com as qualidades cristãs. “Fazer com que outros se sintam inferiores de certo modo os prejudicam. Segundo uma escritora, “nossos fracassos são ainda mais dolorosos quando parece que os que estão na mesma situação que nós conseguiram o que queríamos”.*

Imagina uma pessoa que não quer melhorar porque sente que precisa, mas porque quer “subir” na vida para ser melhor que o outro. Aí quando ela “sobe”, o que resta? O quê acontece? Será que de fato subiu?

Mas como temos visto por aí: Quem liga se as comparações ofendem? Quem liga para o que se passa na cabeça do outro enquanto há comparações? Quem liga se a outra pessoa fracassou? É certo que ninguém vai fracassar porque quer fracassar! Ninguém é “menos” que o outro porque tem prazer em ser desprezado. Mas, quem liga né?

Creio que a definição de sucesso dentro da sociedade contemporânea, a língua afiada e a falta de discernimento das pessoas formam o conjunto da comparação destrutiva. Precisamos tomar a consciência de que SER é muito mais que TER, e reformular nossos conceitos de “sucesso” e “bem-sucedido”.

 Há mais sabedoria no silêncio no que nas palavras malditas das comparações.

“Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento”. ( Provérbios 17:28)

Deus te abençoe!

Gabriel A. Almeida.

*em itálico - Retirado do site: http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2005128#h=10