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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

CADA VEZ QUE MINHA FÉ É PROVADA


“Cada vez que a minha fé é provada Tu me dás a chance De crescer um pouco mais. As montanhas e vales, desertos e mares que atravesso me levam para perto de Ti. Minhas provações não são Maiores do que o meu Deus e não vão me impedir de caminhar...” (Rompendo em fé - Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul).

Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”. (Tiago 1:12)

Até hoje, ainda não me chegou nenhum irmão pulando de contentamento e nem cheio de alegria, confessando: “Gabriel, estou muito feliz porque a minha vida está cheia de provações!” Imagine alguém chegando a você e dizendo: “À medida que os meus problemas aumentam, a minha alegria transborda”.

Talvez ficássemos assustados; acharíamos estranho, por uma razão muito simples: não estamos observando nem obedecendo ao imperativo do “tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg 1.2). Pulamos, sim, de contentamento quando recebemos as “bênçãos”. Entenda-se por “bênçãos” tudo aquilo que sacia o nosso desejo de ter e possuir, além do que proporciona bem-estar. As bênçãos de Deus na nossa vida incluem tanto aquelas que produzem prazer, como aquelas que causam dor. Quando Paulo recebeu o “espinho na carne”, este causava-lhe dor e sofrimento, mas era bênção de Deus na vida dele. Sem a bênção do espinho ele poderia se ensoberbecer e, consequentemente, envergonhar o evangelho.

Quando cantamos que “cada vez que minha fé é provada, tu me dás a chance de crescer um pouco mais”, estamos na verdade entendendo que fé provada gera fé aprovada. Lembra-se de quando Deus pediu Abraão que sacrificasse seu filho Isaque? Deus não queria Isaque: Ele queria mesmo era Abraão. Toda vez que Deus te pedir Isaque, na verdade Ele quer é você. Ou seja, sempre que estiver passando por provações mantenha-se perseverante na fé em Deus, porque Ele quer você mais perto, quer sua fé refinada e aprovada.

A fé aprovada é a fé genuína. É aquela fé que te faz prosseguir mesmo quando as coisas parecem estar fora do controle, quando as situações não estão favoráveis para você. Ela induz o crente a continuar crendo em Deus e em Sua Palavra mesmo quando a dor não passa, quando a doença prevalece sobre a saúde, quando o emprego não vem; embora haja perdas e danos, sua fé permanece inabalável.

E quanto a você, cuja fé está sendo severamente provada, pergunto-lhe: como está sendo sua reação? Como você está se comportando enquanto sua fé está sendo testada? Em meio às suas lágrimas é possível perceber alegria, ou apenas murmuração? Atos 16.19-26 relata um interessante episódio. Paulo e Silas já estavam presos, depois de terem sido açoitados, com os pés no tronco. Por volta da meia noite, começaram a orar e cantar louvores a Deus. Orar em uma ocasião como essa não é tão difícil; cantar louvores, sim, soa estranho ao nosso entendimento. Numa situação semelhante normalmente choramos. Paulo e Silas cantaram. Aí eu vejo sabedoria. Deus, para eles, era tão real quanto o sofrimento. Eles tinham o sofrimento como razão para murmurar e abandonar a fé. Em contrapartida, tinham Deus para render louvores. Deus é maior que o sofrimento. É assim que a sabedoria faz seus cálculos. Se Deus é maior que o sofrimento, então rendamos a Ele o que Lhe é devido, e quanto ao sofrimento, paciência.

Se estiver passando por provações hoje, persevere em Jesus e algo vai acontecer: Você ficará mais perto de Deus.

Deus te abençoe!

Gabriel A. Almeida.


*maior parte do texto retirado do estudo bíblico da Editora Ultimato: O valor das provações.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

COMO DEUS PODE AMAR ALGUÉM COMO EU?


“Como o cão volta ao seu vômito, assim o insensato repete a sua insensatez.” (Provérbios 26:11)

Uma pessoa qualquer sempre passa por fases de fraqueza espiritual e inclinação a determinados pecados. Quantas vezes caímos e depois dizemos: “Nunca mais vou fazer isso”, e acabamos por voltar ao próprio vômito? Repetimos os pecados e chega um ponto que o prazer que os pecados oferecem chega a nos cegar. A repetição cria hábitos pecaminosos, geram uma falsa justificativa aos nossos desejos sombrios, nos torna frios e calculistas sobre a “próxima vez”, faz o pecado parecer comum, faz Deus perder o trono em nossas vidas, nos faz sentir vergonha de chegar a Deus e pedir perdão pelo mesmo pecado de novo e de novo e de novo e de novo... Questionamos se nosso arrependimento é genuíno e se realmente fomos transformados por Deus. Sentimos pesados, sobrecarregados, parecendo que o fogo do espírito está se apagando e que somos uma vela quase toda derretida. Sentimos que Deus vai chegar e nos castigar por todos estes erros repetitivos, e que vai nos julgar com um pedaço de pau na mão.

Mas essa semana Deus usou uma pessoa para me lembrar de que o julgamento Dele sobre nós não é como o nosso julgamento sobre nós mesmos. Que embora eu pensasse que Ele viesse com um pedaço de pau, Ele não vem. O fato é que nos julgamos demais quando estamos com o espírito abatido e com dificuldade de vencer certos pecados, e achamos que Deus nos julga da mesma forma.  Essa pessoa que Deus usou me disse este texto abaixo:

"Eis o meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza nem se deixará ferir, até que estabeleça a justiça na terra" (Isaías 42:1-4).

A cana em si é bastante frágil, mas uma cana quebrada não suporta peso algum. No entanto, Jesus consegue sustentar pessoas que se encontram até mesmo nestas condições extremamente fracas. Com a gente mais debilitada, Jesus demonstra compaixão e não desgosto. A cana de junco costuma crescer num lugar úmido, não sendo uma planta forte e estável. Uma “cana machucada” é uma cana fraca. Por isso, ela parece retratar pessoas oprimidas e sofredoras. Mas, que dizer da referência profética à mecha duma lâmpada?  Uma lâmpada comum de casa, no primeiro século, era um pequeno vaso de barro, parecido a um jarrinho com asa. A lâmpada costumava ser cheia com óleo de oliva. Uma mecha de linho puxava o óleo para cima por atração capilar para alimentar a chama. Naturalmente, a “mecha fumegante” seria uma que se estava apagando. 

Creio que Ele entende essas nossas fases de “retorno ao vômito”, porque Ele sabe quem somos: "Mas ele, sendo compassivo, perdoou a sua iniqüidade, e não os destruiu; antes muitas vezes desviou deles a sua cólera, e não acendeu todo o seu furor. Porque se lembrou de que eram carne, um vento que passa e não volta". (Salmos 78:38,39) e em vez de segurar uma pedra para nos acertar, Ele oferece segurar nossa mão e nos ajudar a dar nova sequência em nossa caminhada àA benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”. (Lm 3:22-23). É como se Ele estivesse nos dizendo: “Você caiu? Ok! Deixa eu te levantar e te ajudar a caminhar. Se apoia no meu ombro e vamos caminhar. Eu te ajudo! Eu não abandono um soldado ferido”.

Jesus proclamava sua consoladora mensagem a muitos dos que eram como cana machucada, curvados e socados. Essas pessoas eram também como uma mecha fumegante, porque seu último sinal de vida quase já se apagava. Estavam realmente oprimidas e desanimadas. No entanto, Jesus não esmagava uma “cana machucada”, nem apagava uma “mecha fumegante”. Suas palavras amorosas, ternas e compassivas não desanimavam nem deprimiam ainda mais as pessoas sofredoras. Em vez disso, seus comentários e os tratos com elas tinham um efeito animador:

"Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve". (Mateus 11:28-30)

Então como Deus pode amar alguém assim, como eu, você, como nós? Ele é Deus. Está muito acima da nossa razão e inteligência. Sua graça e misericórdia estão mais altas que nós assim como os céus estão para nossas cabeças. Ele nos ama porque Deus é amor.


Deus te abençoe!


Gabriel A. Almeida.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

VOCÊ VAI FRUTIFICAR NOVAMENTE


“Não se condene pelo tempo infrutífero, ele é um recado de que o solo está precisando de cuidado. Entressafra não é perda de tempo: é a possibilidade de novos frutos”. (Villy Fomin)

Não sei se você já passou por esta fase: Antes você fazia mil e uma coisas no reino de Deus, abençoava pessoas todos os dias, era procurado para servir, e nas mãos de Deus realmente fazia a diferença na vida dos outros, mas de uma hora para outra parece ter sido podado de maneira que se você fosse uma árvore, pareceria que este novo tempo é tempo infrutífero, como se você não fosse mais aquela mesma pessoa abençoadora de tempos atrás. Já passou por isto? Pois eu te digo que é normal! Hora ou outra isso irá acontecer.

Imagina um pé de goiaba que além de frutificar nos meses de fevereiro e começo de março, passa a frutificar todos os meses. Impossível! Cada árvore tem seu tempo de dar frutos, e enquanto não está frutificando, está recebendo os devidos cuidados para dar o fruto na hora certa. Os meses em que o pé de goiaba não está frutificando, está recebendo da terra, do sol, dos nutrientes, das chuvas, do adubo, dos cuidadores, todo o aparato para motivar a frutificação do no seguinte.

Creio de verdade que o mesmo vale pra gente também! Tem um tempo certo para tudo. Olha um exemplo bacana: o apóstolo Paulo. Paulo se converteu à fé cristã e não foi simplesmente frutificar com os apóstolos. Ele foi para os desertos da Arábia e por lá permaneceu por 3 anos. Veja bem: 3 anos! Ficou lá se preparando para estar apto a frutificar.

Gálatas: 1. 17. “nem subi a Jerusalém para estar com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. 18. Depois, passados três anos, subi a Jerusalém para visitar a Cefas, e demorei com ele quinze dias”. - Bíblia JFA Offline

A história de Paulo você já deve ter ouvido. Depois desses 3 anos ele fez várias viagens missionárias, escreveu vários livros da Bíblia e até hoje é benção para nós.

Se você está preocupado com este seu tempo de entressafra, deixa eu te dizer: Não esquenta não. Mantenha sua preocupação em se preparar para o futuro e não deixe de buscar a intimidade com Deus, porque isso que te fará produzir novos frutos. Seu ministério não acabou! Este é o tempo da sua entressafra. E de fato ela não é perda de tempo, senão um bom investimento que Deus quer e precisa fazer em você.

A boa árvore se prepara por dentro para dar bons frutos por e para fora. O bom fruto é aquele que permanece. O bom fruto que permanece vem de uma árvore que entende que a entressafra é um período precioso de cuidado e que se disponibiliza nas mãos de Deus para receber este cuidado (essencial estar em oração, meditando na palavra, sendo igreja, amando a Deus e as pessoas).

Deus te abençoe neste tempo. Em breve você irá frutificar novamente.

Gabriel A. Almeida.